Sabia que existem diferentes tipos de metaverso? Para entender isso, primeiro você precisa saber do que estamos falando: de uma palavra muito nova e que vem sendo aplicada com diferentes significados. Algumas vezes, a palavra “metaverso” é usada no singular. Esse uso traz a ideia de que só existiria um metaverso, assim como só existe uma internet.
Por outro lado, a palavra “metaverso” é frequentemente usada como sinônimo de “mundo virtual”. Nesse sentido, haveria muitos metaversos: o de The Sandbox, o de Decentraland, o de Roblox, etc. É aqui que entra a ideia de diferentes tipos de metaverso. O que esses mundos virtuais teriam em comum e como eles se diferenciariam? É o que você vai ver a seguir!
QUAIS SÃO OS TIPOS DE METAVERSO?
As principais diferenças entre os mundos virtuais ou metaversos que existem hoje estão relacionadas a dois fatores: se eles são centralizados ou descentralizados, e se são construídos em blockchain ou não. Essas diferenças estão ligadas à transição da web2 para a web3.
Do ponto de vista estrutural, a web3 conta com a tecnologia blockchain para construir uma internet descentralizada. No entanto, mesmo com essas possibilidades, ainda vêm sendo construídos metaversos pertencentes a determinadas empresas.
Metaversos tradicionais
Os metaversos tradicionais não são construídos em blockchains. A princípio, eles são totalmente centralizados. Isso quer dizer que as empresas que são donas deles armazenam sozinhas e possuem todo o direito sobre os seus dados. Isso pode variar um pouco, mas eles nunca são decentralizados como alguns metaversos de blockchain.
Quando falamos de metaversos de jogos, por exemplo, isso significa que você não é dono do seu avatar, dos seus terrenos e dos seus itens. Você pode gastar anos upando seu personagem e agregando valor ao jogo. Mas, depois, você não tem direito a nada, nem pode vender esse progresso para ninguém. É o caso de jogos como o Fortnite, por exemplo.
Metaversos de blockchain centralizados
Nos metaversos de blockchain que são centralizados, há uma economia complexa, na qual criptomoedas, tokens e NFTs cumprem papéis importantes. Também há direito à propriedade sobre ativos que você adquire ou desenvolve. Porém, os dados ficam sob posse da empresa.
Isso significa que os usuários não tem autonomia sobre a empresa que é dona desses metaversos, pois ela pode a qualquer momento mudar políticas ou extinguir serviços, o que pode causar danos aos usuários. Nesse sentido, eles ficam “nas mãos” dessas empresas. É o caso do metaverso da Meta, dona do Facebook.
Metaversos de blockchain descentralizados
Esse tipo de metaverso aproveita todo o potencial que a web3 tem a oferecer. Não só conta com um ecossistema econômico e com propriedade sobre os valores criados pelos usuários, como também não tem dono, pertencendo à própria comunidade. Dessa forma, os dados não estão sobre a posse de ninguém.
Além disso, por não pertencer a uma empresa, quem toma as decisões sobre esses metaversos é a própria comunidade, através de DAOs (organizações autônomas descentralizadas), que são um mecanismo de tomada coletiva de decisões. É assim que ocorre em Decentraland e The Sandbox, por exemplo.
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Imagem de capa: TechBriefly.